sábado, 3 de setembro de 2011


Como eu te esperei, amor, em vão...
Sabe? No fundo no fundo, eu sempre soube que tu não irias chegar...
Alimentei, dia após dia, uma certeza incerta nutrida apenas pelo sentimento que eu carrego sozinha... Tens sido um fardo pesado, um peso morto do qual eu não queria me afastar...
Tuas palavras vazias, tuas declarações de amor da boca pra fora, com o único sentido de ganhar meu coração bobo e me manter sempre à mão... Cansei disso tudo!
E me mantiveram, me sequestraram de mim por tanto tempo... E eu permiti!
E vivi, me alimentando das migalhas do teu amor, das sobras de tempo do teu coração, dos detalhes baratos da tua vida corrida e minunciosamente planejada, onde eu me encaixava apenas nas tuas diversões frias e egoístas, em que você estava sempre ausente estando ao meu lado...
Hoje eu quero reconstruir cada sonho, a cada dia, onde, para a minha felicidade, tua presença não será necessária...

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